Papelão, isopor, cortiça, argamassa e papel. Com esses poucos itens o artista plástico Santiago Ribeiro transformou o que são apenas materiais em lindas esculturas que retratam edifícios da Fazenda Ipanema, em Iperó.
A mostra tem início no dia 2 de agosto, na Fundec e vai percorrer outro locais culturais da cidade de Sorocaba, como a Biblioteca Municipal e a Biblioteca Aloísio de Almeida, no Campus Cidade Universitária da Universidade de Sorocaba.
A mostra que se chama "Há Um ponto de luz na Imensidão" vem trazer a imensa floresta inexplorada e misteriosa.
"Quando os primeiros desbravadores entraram selva adentro, novos caminhos foram abertos para que as primeiras cidades brasileiras pudessem nascer da bravura e da coragem desses destemidos bandeirantes", explica o artista que completa que a "luz" quer dizer progresso, evolução, ideias e empenho. A imensidão representa o vazio, o inexplorado e o mistério".
Foi nesse tempo que a Fazenda Ipanema nasceu. Durante as aventuras de idas e vindas pelo sertão em busca do ouro e do ferro". Isso foi o que despertou no artista plástico, de 40 anos, a colocar o seu talento recriando tais monumentos.
Ao todo serão 5 maquetes e 10 colagens de papel que ficarão à disposição do público até o dia 19 de agosto na Fundec, na rua Brigadeiro Tobias. Na réplica do "Casarão das Armas Brancas" o visitante poderá viajar na história. "O local produzia pregos, arames, baionetas, canhões, granadas e outras peças de artilharia usados na Guerra do Paraguai", explica Santiago, mas completa "historiadores divergem sobre a real data de construção desse casarão. Afirmam que fora erguido bem depois da Guerra do Paraguai (1860 - 1865) entre os anos de 1890 e 1895." Mas que nem mesmo sequer um canivete saiu desse casarão monumental.
Na obra "O Solar do Imperador" o artista relembrou a visita do jovem D. Pedro II nos dias 19 e 20 de março de 1846. "Como ele se interessava por assuntos científicos e tecnológicos retornou mais vezes à Fazenda Ipanema. Foi construído um sobrado, posteriormente, para o Imperador", conta Santiago.
Ainda estarão na mostra o Edifício da Câmara e Cadeia que tem como destaque o portão em homenagem à maioridade de D. Pedro II e os Autos-Fornos de Mursa e Varnhagem. Assim como o primeiro cemitério protestante do Brasil.
A maior maquete do artista nesta exposição é O Casarão das Armas Brancas que mede 1,15m x 1,10m e o grande obstáculo deste projeto foi justamente em miniaturizar o complexo de construções com paredes de pedras, portas e janelas imensas e um madeiramento de sustentação do telhado.
"Meu auxiliar, o artista Edneu Abud, se encarregou de trabalhar esses madeiramentos, e resultado deste trabalho é impecável e impactante, bem próximo ao modelo real", antecipa Santiago.
No dia de lançamento haverá um vernissage, às 19h30, e contará com palestra com os historiadores José Rubens Incao e Ubaldino Dantas Machado. Ao final da temporada as maquetes serão doadas para um museu.
Locais de exposição
A exposição "Há um ponto de luz na Imensidão" fica em cartaz até dia 7 de outubro. Veja as datas e locais por onde passará. Os horários serão os de funcionamento dos espaços.
FUNDEC – de 01 a 19 de agosto - Rua Brigadeiro Tobias, 73. Centro.
Biblioteca Aloísio de Almeida – de 20/08 a 03/09 – Cidade Universitária.
Biblioteca Municipal de Sorocaba – de 04/09 a 20/09 – Rua Ministro Coquejo Costa, 180.
Biblioteca Infantil Municipal - de 23/09 a 07/10 - Rua da Penha, 673 - Centro.